quinta-feira, 2 de junho de 2011

Turbilhão


Turbilhão, segundo Sérgio Ximenes, entre outras coisas, é o movimento forte e giratório das águas ou do vento. Na enciclopédia aberta Wikipédia acrescenta-se que, no caso de acontecer na água, é causado pelo encontro de correntes de duas marés. Ou seja, no choque de duas forças que se encontram, o resultado é um redemoinho poderoso que pode tirar muitas coisas de seus lugares.

Acho que estamos agora no centro de um destes turbilhões.

O choque entre a ética e pureza do Reino de Deus e a total depravação do gênero humano nestes dias, tem me feito passar muito tempo mergulhado em pensamentos, buscando respostas e compreensão das coisas que vejo, ouço e sinto. Seria uma grande hipocrisia de minha parte (para não dizer insensibilidade) se eu simplesmente dissesse que tudo que está acontecendo é “apenas” o cumprimento da Palavra de Deus, e que nada disto me toca, pois sou SEPARADO, UNGIDO, SELADO, CONSAGRADO... Além de tudo isto, sou humano.

Palavras do Apóstolo Paulo: Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?

Ser cidadão dos céus e viver na terra tem sido uma tarefa cada vez mais difícil, e não só por conta da santidade da nova vida, mas, muito mais grave e gritante, pela distância entre os valores bíblicos e os humanos. De um lado, um código que fala de igualdade verdadeira, humildade como base da vida social, valorização do outro mais do que das coisas. De outro, um mundo que alardeia o consumismo como ideal de vida, a promiscuidade como clímax da felicidade, o oportunismo sem qualquer vestígio de altruísmo, a doação como sinônimo de autopromoção.

Enquanto Jesus, ecoando o Antigo Pacto, mostra a criança como protótipo do cidadão do Reino, os homens não se furtam da oportunidade de ter prazer ou lucro explorando a inocência de um ser que, como qualquer outro, tinha sonhos, mas agora foi apresentado à dor e sofrimento por aquele que deveria ser seu semelhante. Me julguem como quiserem, mas um homem que, vendo uma menina de nove, dez anos de idade com fome, tem o despautério de oferecer cinco reais em troca de sexo com ela... Esta coisa que se intitula homem não é digno de viver.

Ser obrigado por lei a “aceitar” que as crianças e adolescentes tenham liberdade e sejam incentivadas a decidirem sua sexualidade baseada simplesmente nos desejos do corpo. Negando que há uma propaganda quase impozitória da felicidade de ser gay. Negando os transtornos psíquicos e sociais causados e sofridos por estas práticas. Ligando posição filosófica e moral a preconceito e crime.

Viver entre pessoas que sofrem do mesmo mal, a morte, e, no entanto, se tratam como sendo absolutamente diferentes. Criando castas, classes, hierarquias, cujo fim quase sempre não é o de organizar, mas, sim, subjugar. Ter o outro sob seu domínio. Controlar.

Estar todos os dias sendo bombardeados por notícias de corrupção, violência, exploração, humilhação e desrespeito, e o pior, não partindo isto de um inimigo externo. Não estamos sofrendo isto por parte de uma raça superior vinda do espaço, não estamos sendo dizimados por habitantes de outros planetas que querem a nossa terra. Quem está fazendo isto, é a própria raça humana, evoluída e superior. Aliás, eu gostaria de saber como a teoria evolutiva explica esta involução. Ora, se saímos das cavernas, de toda uma cultura de ignorância e anti-sociabilidade e partimos em direção á civilização, será que agora está sendo feito o caminho inverso? Talvez eu deva pensar em alugar uma caverna!

Na Bíblia se encontra a ética que este mundo precisa. A Consciência de que, se outro não é feliz, eu não posso ser. Se o outro está com fome, não posso me deliciar em um banquete.

Desde a minha adolescência ouço e vejo a escalada das drogas em nossa sociedade, e, mesmo que naquele tempo não tivesse o senso crítico que o tempo e as experiências me deram, lembro muito bem da hipocrisia dos poderes públicos.

Volta e meia nós víamos alguém de nossa comunidade indo para a cadeia porque estava traficando, ou roubando ou ainda estava envolvido com gangues. Mas, nunca, eu disse nunca em toda minha infância, adolescência e juventude (até uns dias atrás), tinha ouvido falar de algum figurão preso por envolvimento com o tráfico, embora, qualquer um de nosso bairro sabia naquela época quem eram os figurões da erva.
Enquanto o problema estava na periferia, ninguém ligava. Quando chegou na porta dos “poderosos”, se tornou problema nacional. Uma epidemia.

Enquanto o traficante matava escondido lá dentro da mata no alto do morro, o “usuário” no Leblon não tinha problemas, pois ele é um intelectual,e essa coisa de violência é fruto da falta de educação e marginalização social. Não importa se é o político, o juiz, o advogado, o médico, os estudantes na república que financiam ao traficantes e fazem a máquina da violência ganhar força. A culpa é sempre de quem não tem poder de falar.

Não importa se os maiores usuários dos serviços sexuais de menores (leia-se crianças) são empresários, políticos, policiais, servidores dos poderes executivo, legislativo ou judiciário. Os presos e condenados são quase sempre pessoas de baixa renda.

A podridão do mundo o faz cheirar pior que uma latrina.

O mal cheiro não vem dos cubículos em que mulheres sujas e sem escolaridade se prostituem em troca de alguns Reais. A fedentina não sobe dos guetos de usuários de crack amontoados em volta de uma pedra. A ânsia de vômito não me é causada pelas roupas imundas dos mendigos, moradores de rua, nóias.

O mundo inteiro JAZ no maligno (1Jo 5.19).

A podridão é de todo um sistema maligno, defeituoso, soberbo e violento, em avançado estado de decomposição.

E se observar todas estas coisas vindas de um mundo condenado é doloroso, indizível é a dor que me causa constatar as mesmas mazelas no meio eclesiástico. Exploração não é mais um hobbie de políticos corruptos, o é também de clérigos inescrupulosos que estão mais interessados na lã que na ovelha. Explorar a fé virou passatempo predileto de fracassados sociais que encontram na fragilidade humana a oportunidade de ficarem ricos.

A luta pelo poder é tão (com o perdão pela palavra) descarada que não se importam nem de organizarem festas para o mesmo propósito em dias diferentes, promovendo dissensão em uma data que deveria ser de comemoração da unidade. Falo, é claro, da ofensa pública à fé simples dos Assembleianos, provocada pelas duas festas OFICIAIS em Belém do Pará. Será que alguém acha que somos tão ignorantes que não percebemos a guerrinha interna?

Paulo tinha razão. Além das lutas com o mundo, somos todos os dias afligidos com os devaneios de gente que diz que é servo de Cristo. Não confunda as palavras. Pela nova ortografia da língua clerical, as palavras têm novo significado. Exemplo:

SERVO – Pessoa muito boa aos próprios olhos, que deve ser bajulada e tratada como um semi-anjo. Sinônimo de poderoso, rico, famoso, etc.

HOMEM DE DEUS – Pessoa do sexo masculino que deve ganhar um salário alto, ter conforto, e tudo isto à custa do povo. Ser tão superior que sua palavra é equivalente à palavra de um deus.

MULHER DE DEUS – Além de todas as definições dadas ao HOMEM DE DEUS, esta tem poder e autoridade sobre pastores, pregadores e demais líderes, porque é uma pessoa ungida.

UNGIDO – Pessoa que deve ser tratada pelos demais como uma “Super Pessoa”, pois é escolhida, enviada. Fala em lugar de Deus, pois sua palavra tem poder.

EVANGELHO – Manual de aplicação de técnicas para alcançar a fama, a fortuna, a vida sossegada, o reconhecimento e o poder. Pode também ser chamado carinhosamente de EUvangelho.

Encerro lembrando as palavras de um verdadeiro profeta, que, segundo o próprio Jesus, dos nascidos de mulher não houve outro igual a ele. João Batista:

“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo”.

O Juiz incorruptível está preparado para o grande julgamento, de onde ninguém escapará. Onde não contará a influência do deputado, onde não será ouvida a desculpa de que não sabia, onde a lei não tem benefícios para criminosos ricos, onde ser filho do presidente da convenção não garantirá imunidade.

ORA VEM SENHOR JESUS!!!


Por Davi Oliveira no blog Mente e Espírito.

O que é bullyng


Bullying é uma situação caracterizada por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo inglês refere-se ao verbo “ameaçar, intimidar”.
Grande parte das pessoas confunde ou tende a interpretar o bullying simplesmente como a prática de atribuir apelidos pejorativos às pessoas, associando a prática exclusivamente com o contexto escolar. No entanto, tal conceito é mais amplo. O bullying é algo agressivo e negativo, executado repetidamente e ocorre quando há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Desta forma, este comportamento pode ocorrer em vários ambientes, além da escola: em universidades, no trabalho ou até mesmo entre vizinhos.
Basicamente, a prática do bullying se concentra na combinação entre a intimidação e a humilhação das pessoas, geralmente mais acomodadas, passivas ou que não possuem condições de exercer o poder sobre alguém ou sobre um grupo. Em outras palavras, é uma forma de abuso psicológico, físico e social.
No ambiente de trabalho, a intimidação regular e persistente que atinge a integridade e a confiança da vítima é caracterizada como bullying. Entre vizinhos, tal prática é identificada quando alguns moradores possuem atitudes propositais e sistemáticas com o fim de atrapalhar e incomodar os outros.
Falando especificamente do ambiente escolar, grande parte das agressões é psicológica, ocasionada principalmente pelo uso negativo de apelidos e expressões pejorativas criados para humilhar os colegas. O papel da escola é informar aos professores e alunos o que é e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática – “prevenir é o melhor remédio”. A atuação dos professores também é fundamental. Há uma série de atividades que podem ser feitas em sala de aula para falar desse problema com os alunos. Pode ser tema de redação, de pesquisa, teatro etc. É só usar a criatividade para tratar do assunto.
Claro que não se pode banir as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. O que a escola precisa é distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. Ao perceber o bullying, o professor deve corrigir o aluno. Em casos de violência física, a escola deve tomar as medidas devidas, sempre envolvendo os pais. Bullying só se resolve com o envolvimento de toda a escola - direção, docentes e aluno - e a família.


Por Lucas no blog salatiellucas.blogspot.com.