sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mil desculpas. Uma Verdade!




No dia 8 de Dezembro, terça-feira, foi publicada a carta de despedida da famosa e nada ortodoxa atriz Leila Lopes. A família certamente o fez por considerar que esta era a vontade de Leila, e pelas muitas citações de nomes de pessoas ligadas ao meio artístico. Mas, não é este o motivo pelo qual escrevo.
Sinceramente, não posso agora, por questão ética, depois de falecida a autora de tais palavras, criticá-la ou o seu modo de vida. Mas, a partir do momento em que tais palavras se tornam públicas, podendo assim influenciar a forma de pensar de outras pessoas, considero necessárias algumas observações sobre as “crenças” ali demonstradas. Lembrando mais uma vez que não conheço a atriz Leila Lopes, não tenho tempo para navegar em sites que vivem da vida (e deslizes) de outros e muito menos dos programas de TV que vivem à caça das “celebridades”. O tempo é precioso.


Estamos em busca da liberdade e independência. Alguém duvida? As mulheres conquistaram seu espaço no mercado de trabalho a tal ponto que hoje competem de igual para igual com os homens em funções de alta responsabilidade. Os jovens viajam para o exterior e lá complementam seus cursos, constroem suas carreiras (alguns, é claro) e retornam a seu país natal prontos a tomarem os melhores lugares na escala de valores do secularismo. Na família, as crianças são incentivadas a aprenderem a “se virar” sozinhas cada vez mais cedo, afinal, papai e mamãe precisam trabalhar e, se não há ainda a condição financeira ideal, não é possível contratar alguém competente para tomar conta da casa. De qualquer forma, ser independente é um ideal perseguido a todo custo... E que custo!
Mas essa busca por independência e liberdade tomou proporções transcendentais quando as pessoas passaram a entender a intervenção divina como uma intromissão. Enquanto Deus cuida para que o céu continue lá em cima, a chuva venha no seu tempo, as estações permaneçam inabaláveis desde tempos remotíssimos, tudo bem. Mas, querer estabelecer limites ao homem, implantar leis que proíbam os deleites sexuais, condicionar a possibilidade de vida eterna em alegria a uma vida terrena dentro das regras estabelecidas, ou pior ainda, a sua própria vontade, ISSO NUNCA! É inaceitável. Afinal, nós humanos somos “demais”. Tudo gira em torno de nós. Tudo que eu fizer será justificável, pois eu escolho e faço o que quiser e Deus, depois, que adapte suas leis em meu favor. Doce ilusão.
É preciso lembrar que antes que nós existíssemos, Deus já vivia, e isso de forma eterna (sem começo e sem fim Is. 43.13). Logo, não é Ele quem deve se adaptar às nossas leis e sim o contrário. Quando fomos criados e postos no mundo, havia uma lei já estabelecida pelo Criador, de forma que toda criação está sujeita a ela – incluindo nós.


Mas, o que eu faço quando quero transgredir a lei e permanecer impune? Cerco-me de bons advogados que buscarão brechas na lei e farão interpretações a meu favor, de forma que a lei que antes me puniria seja minha aliada no crime. Com o pecado é a mesma coisa. Pessoas vivem dissolutamente, desperdiçam tudo de bom que Deus lhes deu, vivem pecaminosamente (ou seja, em transgressão constante da palavra do Senhor) e depois querem Deus como seus aliados a fim de não arcarem com as conseqüências de seus erros. Usam de partes de Sua palavra, lhe usurpando o contexto, para justificarem seus atos e tornarem a Lei de Deus que antes a puniria em sua fonte de defesa. O mundo pode estar vivendo uma cultura moralmente relativista, mas o Senhor permanece o mesmo, julgando os homens conforme sua conduta e dando a cada um a retribuição por seus atos (Ez. 18.4 - Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá).
É preciso parar e pensar um pouco mais nas coisas do porvir e menos nas imediatas. Pois quando chega a hora de encarar essa mudança de estado, quando se é chamado para a eternidade, seja de Paz para os que estão em Cristo (Ts. 4.16), seja de tormento e dor para os que rejeitam sua doutrina (Ap. 20.11-15), não há mais como consertar o que se fez, e não adianta tentar burlar a Lei estabelecida, na eternidade não funciona o “jeitinho brasileiro”.


Pois bem, a questão então é: Eu posso viver em pecado, desafiando a autoridade do Senhor, me esquecer de seus padrões estabelecidos, depois desistir de viver e achar que é meu direito estabelecer a hora de partir, seja qual for o método que utilizarei para isto, e ainda esperar que Deus apóie minha decisão? Eu tenho permissão para tal coisa?
Lembrando do texto já citado de Ezequiel 18.4, o Senhor deixa claro que “toda a alma é d’Ele”, seja do filho seja do pai, seja de quem for. Ora, se toda a alma é d’Ele, logo, Ele é o único com poder sobre ela, podendo então decidir seu tempo de nascer e de morrer.


O SUICÍDIO NÃO É UMA ALTERNATIVA. Não pode levar o homem a um lugar melhor, não irá conduzi-lo a um lugar de paz e descanso, pois é transgressão. O perigo de tal entendimento é que faz do homem senhor sobre seu corpo, mente... E vida. Nossa independência tomou proporções tais que já não queremos ser dominadores apenas da terra e das coisas a ela ligadas (Gn. 1.26), agora queremos dominar o universo, seus mistérios infinitos, e, mais do que isto, dominar a vida, decidindo tudo sobre ela, inclusive se alguém deve nascer ou o momento de parar de viver. Deus, como coadjuvante nesta história toda, deve apenas assistir nossas conquistas (sem qualquer limitação) e, se nós fracassarmos, Ele deve estar pronto a nos recolher em um lugar melhor, pois somos VIP’s (Very Important Persons – pessoas muito importantes).


Que tal inverter este pensamento? Porque não pensar de outra forma? Promova uma metanóia. Mude a maneira de pensar e ver a vida. Olhe o mundo pelas lentes do evangelho de Cristo. Há uma alternativa: a vida plena em Jesus. Não são poucas as pessoas que apelam para o suicídio para por fim a um sofrimento contínuo. As que tentaram e não conseguiram afirmam que queriam por fim a seus sofrimentos e de suas famílias e de pessoas a quem amam. Porém, duvido que uma família se sinta consolada e feliz ao receber a notícia de que um ente seu suicidou-se. A morte não consola, só promove mais dor. Ela é a última inimiga a ser destruída (I Co. 15.26). Quem quer por fim ao sofrimento dos outros deve entender, antes de tudo, que no mundo nós teremos aflições, porém, não estamos sozinhos, não fomos abandonados, ou deixados à própria sorte.
O Senhor Jesus, promete que quem quer que seja que venha a Ele, de forma alguma será rejeitado. Ele veio para que tenhamos VIDA, e vida em abundância. Esqueça esta história de independência de Deus, ou de colocá-lo sempre como uma segunda opção. Ponha Cristo no centro de sua vida, paute-a por sua palavra. Viva da dimensão da Graça arrebatadora de Deus, que demonstra o seu amor por nós no fato de Jesus morrer por nossos pecados antes mesmo que nós pudéssemos entender que erramos.
Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá.                                                                                          I Pd. 5.6-10

Por Davi Oliveira

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