Alguns evitam falar sobre um acontecimento inevitável: a nossa iminente partida deste mundo. Talvez seja por isso que muitos superdimensionam o bordão “crente que tem promessa não morre” e valorizam ao extremo as composições da moda que enfatizam a idéia de que não morreremos enquanto não se cumprirem todos “os sonhos de Deus”.
Que tal “acordarmos” e sermos mais realistas? Se você não passa o dia jogando conversa fora na Internet ou entretido com superfluidades ( e isso leva muitos a se esquecerem da vida!), imagino que tenha muitos projetos, como terminar a faculdade ou ingressar nela, ser um profissional de ponta, encontrar uma pessoa ideal para um relacionamento feliz e duradouro... Mas, e se Jesus voltar antes da concretização de todos os seus planos? Afinal, estamos apenas hospedados neste mundo (Hb. 11.13 e 1 Pd. 2.11).
Sabia que o Senhor Jesus pode nos arrebatar a qualquer momento? E não venha me dizer que você não crer nessa promessa, pois o cristão que se preza ama a vinda de Cristo (2 Tm. 4.8). Por isso, devemos pensar nas coisas que são do céu e buscá-lsas (Cl. 3.1-2). Ou seja, a despeito de valorizarmos os cuidados desta vida, eles não são a nossa prioridade. Entendeu? Não? Então, vou ser um pouco mais claro. Caso já tenha entendido o que eu quis dizer, vou repisar (não confunda com reprisar!) o que afirmei. Não estou sugerindo que seja necessário desprezar coisas importantes da vida (1 Co. 6.12 e 10.2,3). Mas, se você está vidrado nelas, priorizando-as, precisa entender que tudo aqui é secundário e passageiro, posto que estamos hospedados neste mundo. (Aliás, é até engraçado chegar à casa de alguns irmãos e ler em um quadro na parede: “Jesus, o hospede desta casa”. Ora se Ele é o hospede, está de passagem! Jesus na verdade, deve ser o morador!). A nossa habitação está no céu (Fp. 3.19-20).
Veja que analogia interessante. Jesus deve ser o morador da nossa casa (vida), e nós, peregrinos neste mundo. Quando o consideramos apenas hóspedes da nossa vida, agimos com se fôssemos permanecer para sempre na terra. Esse é o grande desafio da Teologia da Prosperidade. O crente que é seduzido por essa falsa doutrina, como diria o meu amigo Silas Daniel (autor do livro A Sedução das Novas Teologias, editado pela CPAD), só pensa em prosperar financeiramente e age como se a sua morado fosse aqui, esquecendo-se de que o melhor para nós está ali.
Bem, e se Jesus voltasse daqui a uma hora? Se você ama o Senhor Jesus e o serve, não há o que temer, pois, Ele mesmo disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, credes também
Por Ciro Sanches
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